quarta-feira, 24 de julho de 2019

COMO E ONDE MORREU ALLAN KARDEC?COMO É O SEU TÚMULO? (filme / documentário: “Nos Passos de Kardec”)




Parabéns pelo excelente documentário idealizado e  realizado por  Fernando Lima Ribeiro Mariana Pena Ribeiro.


Conheça o local onde Kardec desencarnou. 


Neste mesmo lugar Kardec morou e desenvolveu boa parte dos principais livros do espiritismo, que são consideradas obras básicas da doutrina espírita. 


O escritório da Revista Espírita e a Sociedade Espírita de Paris também ficava neste local. 


O prédio situa-se dentro da Passage Sainte-Anne, uma passagem localizada no interior de uma galeria da rua Sainte-Anne, em Paris.


Conheça também o túmulo de Allan Kardec. 


Seu túmulo localiza-se no cemitério Du Père-Lachaise, cemitério este que é considerado o maior de Paris e o mais visitado do mundo.


Esse vídeo é um trecho do documentário “Nos Passos de Kardec”. 


O documentário apresenta a trajetória da vida de Allan Kardec seguindo
seus passos por 15 LOCAIS onde morou, atuou e desencarnou.


O documentário foi lançado no dia 18.04.18. Dia em que se comemora o Aniversário do “O Livro dos Espíritos” e o “Dia Nacional do Espiritismo”.


• Assista o documentário completo aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=zrUWZ...


• A entrevista sobre o documentário:
https://www.youtube.com/watch?v=9I_u_...


• Trecho do documentário que aborda apenas o cemitério:
https://www.youtube.com/watch?v=odaQf...


• Conheça os túmulos espíritas:
https://www.youtube.com/watch?v=u605m...



:::: MAPA ::::

• Esse é o mapa do endereço da Rua Sainte-Anne - N°59:
https://goo.gl/1LBt0v



• Mapa do endereço do cemitério: 
https://goo.gl/XoS5yM


• Mapa do cemitério para localizar o túmulo de Kardec e outros: https://goo.gl/Uq4ozY


:::: PASSEIO VIRTUAL EM 360°GRAUS ::::


• Passeie em 360°graus no Cimetière Du Père-Lachaise:
https://goo.gl/Uqs9g7



:::: CRÉDITOS ::::

• FERNANDO LIMA RIBEIRO: Idealização, apresentação,
filmagens, fotografias, direção, roteiro, edição, artes e pesquisas.


• MARIANA PENA RIBEIRO: Apresentação, filmagens,
fotografias, revisão, apoio e assistência.

domingo, 24 de março de 2019

Allan Kardec - O Educador

Arte Espírita - Madame Kardec




Conheça sobre a vida e obras de Amélie-Gabrielle Boudet, conhecida como Madame Kardec. Professora e artista plástica francesa, a esposa de Allan Kardec teve participação relevante no processo de estruturação e desenvolvimento do espiritismo.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Prof.º Hippolyte-Léon-Denizard Rivail : Allan Kardec





Prof.º Hippolyte-Léon-Denizard Rivail :  Allan Kardec






Nascido em Lyon, França, no dia 3 de outubro de 1804 e desencarnado em Paris, no dia 31 de março de 1869.


Muito se tem escrito sobre a personalidade de Allan Kardec, existindo mesmo várias e extensas biografias sobre a sua obra missionária.


É sobejamente conhecida a sua vida anteriormente ao dia 18 de abril de 1857, quando publicou a magistral obra O Livro dos Espíritos, que deu início ao processo de codificação do Espiritismo.


Nesta súmula biográfica, procuraremos esboçar alguns informes sobre a sua inconfundível personalidade, alguns deles já do conhecimento geral.


O seu verdadeiro nome era Hippolyte-Léon-Denizard Rivail. "Hippolite" em família; "Professor Rivail" na sociedade e "H-L-D Rivail" na literatura era, desde os 18 anos, mestre colegial de Ciências e Letras e, desde os 20 anos, renomado autor de livros didáticos. 


Suas obras espíritas foram escritas com o pseudônimo de Allan Kardec.


Destacou-se na profissão para a qual fora aprimoradamente educado na Suíça, na escola do maior pedagogo do primeiro quartel do século XIX, de fama mundial e até hoje paradigma dos mestres: João Henrique Pestalozzi. E, em Paris, sucedeu ao próprio mestre.


Allan Kardec contava 51 anos quando se dedicou à observação e estudo dos fenômenos espíritas, sem os entusiasmos naturais das criaturas ainda não amadurecidas e sem experiência. 


A sua própria reputação de homem probo e culto constituiu o obstáculo em que esbarraram certas afirmações levianas dos detratores do Espiritismo. 


Dois anos depois, em 1857, divulgava O Livro dos Espíritos. Em 1858, iniciava a publicação da famosa Revista Espírita. Em 1861, dava a lume O Livro dos Médiuns. 


Em 1864, aparecia O Evangelho segundo o Espiritismo; seguido de O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo, em 1865. Finalmente, em 1868, A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, completava o pentateuco do Espiritismo.


Na ingente tarefa de codificação do Espiritismo, Allan Kardec contou com o valioso concurso de três meninas que se tornaram as médiuns principais no trabalho de compilação de O Livro dos Espíritos: Caroline Baudin, Julie Baudin e Ruth Celine Japhet. 


As duas primeiras foram utilizadas para a concatenação da essência dos ensinos espíritas; a última, para os esclarecimentos complementares. 



Ultimada a obra e ratificados todos os ensinamentos ali contidos, por sugestão dos Espíritos, Allan Kardec recorreu a outros médiuns, estranhos ao primeiro grupo, dentre eles Japhet e Roustan, médiuns intuitivos; a senhora Canu, sonâmbula inconsciente; Canu, médium de incorporação; a Sra. Leclerc, médium psicógrafa; a Sra. Clement, médium psicógrafa e de incorporação; a Sra. De Pleinemaison, auditiva e inspirada; Sra. Roger, clarividente; e Srta. Aline Carlotti, médium psicógrafa e de incorporação.


Escrevendo sobre a personalidade do ínclito mestre, o emérito Dr. Silvino Canuto Abreu afirmou o seguinte: 


"De cultura acima do normal nos homens ilustres de sua idade e do seu tempo, impôs-se ao geral respeito desde moço. Temperamento infenso à fantasia, sem instinto poético nem romanesco, todo inclinado ao método, à ordem, à disciplina mental, praticava, na palavra escrita ou falada, a precisão, a nitidez, a simplicidade, dentro dum vernáculo perfeito, escoimado de redundâncias.


De estatura meã, apenas 165 centímetros, e constituição delicada, embora saudável e resistente, o professor Rivail tinha o rosto sempre pálido, chupado, de zigomas salientes e pele sardenta, castigado de rugas e verrugas. Fronte vertical comprida e larga, arredondada ao alto, erguida sobre arcadas orbitárias proeminentes, com sobrancelhas abundantes e castanhas. 


Cabelos lisos e grisalhos, ralos por toda a parte, falhos atrás (onde alguns fios mal encobriam a larga coroa calva da madureza), repartidos, na frente, da esquerda para a direita, sem topetes, confundidos, nos temporais, com as barbas grisalhas e aparadas que lhe desciam até o lóbulo das orelhas e cobriam, na nuca, o colarinho duro, de pontas coladas ao queixo. 


Olhos pequenos e afundados, com olheiras e pápulas. Nariz grande, ligeiramente acavaletado perto dos olhos, com largas narinas entre rictos arqueados e austeros. Bigodes rarefeitos, aparados à borda do lábio, quase todo branco. Pera triangular sob o beiço, disfarçando uma pinta cabeluda. 



Semblante severo quando estudava ou magnetizava, mas cheio de vivacidade amena e sedutora quando ensinava ou palestrava. 


O que nele mais impressionava era o olhar estranho e misterioso, cativante pela brandura das pupilas pardas, autoritário pela penetração na alma do interlocutor. 


Pousava sobre o ouvinte como suave farol e não se desviava abstrato para o vago, senão quando meditava, a sós. 


E o que mais personalidade lhe dava era a voz, clara e firme, de tonalidade agradável e oracional, que podia mesclar agradavelmente desde o murmúrio acariciante até as explosões de eloquência parlamentar. 


Sua gesticulação era sóbria, educada. Quando distraído, a ler ou a pensar, confiava os 'favoris'. 



Quando ouvia uma pessoa, enfiava o polegar direito no espaço entre dois botões do colete, a fim de não aparentar impaciência e, ao contrário, convencer de sua tolerância e atenção. 


Conversando com discípulos ou amigos íntimos, apunha algumas vezes a destra no ombro do ouvinte, num gesto de familiaridade. Mantinha rigorosa etiqueta social diante das damas."



Pelo seu profundo e inexcedível amor ao bem e à verdade, Allan Kardec edificou para todo o sempre o maior monumento de sabedoria que a Humanidade poderia ambicionar, desvendando os grandes mistérios da vida, do destino e da dor, pela compreensão racional e positiva das múltiplas existências, tudo à luz meridiana dos postulados do Cristianismo.



Filho de pais católicos, Allan Kardec foi criado no Protestantismo, mas não abraçou nenhuma dessas religiões, preferindo situar-se na posição de livre pensador e homem de análise. 


Compungia-lhe a rigidez do dogma que o afastava das concepções religiosas. O excessivo simbolismo das teologias e ortodoxias, tornava-o incompatível com os princípios da fé cega.


Situado nessa posição, em face de uma vida intelectual absorvente, foi o homem de ponderação, de caráter ilibado e de saber profundo, despertado para o exame das manifestações das chamadas mesas girantes. 


A esse tempo o mundo estava voltado, em sua curiosidade, para os inúmeros fatos psíquicos que, por toda a parte, se registravam e que, pouco depois, culminaram no advento da altamente consoladora doutrina que recebeu o nome de Espiritismo, tendo como seu codificador, o educador emérito e imortal de Lyon.


O Espiritismo não era, entretanto, criação do homem e sim uma revelação divina à Humanidade para a defesa dos postulados legados pelo Meigo Rabi da Galileia, numa quadra em que o materialismo avassalador conquistava as mais pujantes inteligências e os cérebros proeminentes da Europa e das Américas.


A primeira sociedade espírita regularmente constituída foi fundada por Allan Kardec, em Paris, no dia 1º de abril de 1858. Seu nome era "Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas". A ela o codificador emprestou o seu valioso concurso, propugnando para que atingisse os objetivos nobres para os quais foi criada.


Allan Kardec é invulnerável à increpação de haver escrito sob a influência de ideias preconcebidas ou de espírito de sistema. Homem de caráter frio e severo, observava os fatos e dessas observações deduzia as leis que os regiam.



A codificação da Doutrina Espírita colocou Kardec na galeria dos grandes missionários e benfeitores da Humanidade. 


A sua obra é um acontecimento tão extraordinário como a Revolução Francesa.


Esta estabeleceu os direitos do homem dentro da sociedade, aquela instituiu os liames do homem com o universo, deu-lhe as chaves dos mistérios que assoberbavam os homens, dentre eles o problema da chamada morte, os quais até então não haviam sido equacionados pelas religiões. 


A missão do ínclito mestre, como havia sido prognosticada pelo Espírito de Verdade, era de escolhos e perigos, pois ela não seria apenas de codificar, mas principalmente de abalar e transformar a Humanidade. 


A missão foi-lhe tão árdua que, em nota de 1º de janeiro de 1867, Kardec referia-se às ingratidões de amigos, a ódios de inimigos, a injúrias e a calúnias de elementos fanatizados. Entretanto, ele jamais esmoreceu diante da tarefa.

Fonte:

O CONSOLADOR. Disponível em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/biografias/allankardec.html. Acesso: 23 JUL 2012.













Profª Amélie Gabrielle Boudet : 
Sra. Allan Kardec



Madame Rivail (Sra. Allan Kardec) nasceu em Thiais, cidade do menor e mais populoso Departamento francês, o Sena, aos 2 do frimário, do ano IV, segundo o Calendário Republicano então vigente na França, e que corresponde a 23 de novembro de 1795.


Filha de Julien-Louis Boudet, proprietário e antigo tabelião, homem bem colocado na vida, e de Julie-Louise Seigneat de Lacombe, recebeu, na pia batismal, o nome de Amélie-Gabrielle Boudet.


A menina Amélie, filha única, aliando desde cedo grande vivacidade e forte interesse pelos estudos, não foi um problema para os pais, que, a par de fina educação moral, proporcionaram-lhe apurados dotes intelectuais.


Após cursar o colégio primário, estabeleceu-se em Paris com a família, ingressando numa Escola Normal, de onde saiu diplomada em professora de 1ª classe.


Revela-nos o Dr. Canuto de Abreu que a senhorinha Amélie também foi professora de Letras e Belas Artes, trazendo de encarnações passadas a tendência inata, por assim dizer, para a poesia e o desenho. Culta e inteligente, chegou a dar à luz três obras, assim  nomeadas: Contos Primaveris, 1825; Noções de Desenho, 1826; O Essencial em Belas Artes, 1828.


Vivendo em Paris, no mundo das letras e do ensino, quis o destino que, um dia, a Srta. Amélie Boudet deparasse com o Professor Hippolyte Denizard Rivail.


De estatura baixa, mas bem proporcionada, de olhos pardos e serenos, gentil e graciosa, vivaz no gesto e na palavra, denunciando inteligência admirável, Amélie Boudet, aliando ainda a todos esses predicados um sorriso terno e bondoso, logo se fez notar pelo circunspecto Prof. Rivail, em quem reconheceu, de imediato, um homem verdadeiramente superior, culto, polido e reto.


Em 6 de Fevereiro de 1832, firmava-se o contrato de casamento. Amélie Boudet tinha nove anos mais que o Prof. Rivail, mas tal era a sua jovialidade física e espiritual, que a olhos vistos aparentava a mesma idade do marido. Jamais essa diferença constituiu entrave à felicidade de ambos.

Pouco tempo depois de concluir seus estudos com Pestalozzi, no famoso castelo suíço de Zahringen (Yverdun), o Prof. Rivail fundara em Paris um Instituto Técnico, com orientação baseada nos métodos pestalozzianos. Madame Rivail associou-se ao esposo na afanosa tarefa educacional, que ele vinha desempenhando, no referido Instituto, havia mais de um lustro.


Grandemente louvável era essa iniciativa humana e patriótica do Prof. Rivail, pois, não obstante as leis sucessivas decretadas após a Revolução Francesa em prol do ensino, a instrução pública vivia descurada do Governo, tanto que só em 1833, pela Lei Guizot, é que oficial e definitivamente ficaria estabelecido o ensino primário na França.


Em 1835, o casal sofreu doloroso revés. Aquele estabelecimento de ensino foi obrigado a cerrar suas portas e a entrar em liquidação. Possuindo, porém, esposa altamente compreensiva, resignada e corajosa, fácil lhe foi sobrepor-se a esses infaustos acontecimentos. Amparando-se mutuamente, ambos se lançaram a maiores trabalhos. Durante o dia, enquanto Rivail se encarregava da contabilidade de casas comerciais, sua esposa colaborava de alguma forma na preparação dos cursos gratuitos que havia organizado na própria residência, e que funcionaram de 1835 a 1840.


À noite, novamente juntos, não se davam a descanso justo e merecido, mas produtivo. O problema da instrução às crianças e aos jovens tornara-se para Prof. Rivail, como o fora para seu mestre Pestalozzi, sempre digno da maior atenção. 



Por isso, até mesmo as horas da noite ele as dividia para diferentes misteres relacionados com aquele problema, recebendo em todos a cooperação talentosa e espontânea de sua esposa. 


Além de escrever novas obras de ensino, que, aliás, tiveram grande aceitação, o Prof. Rivail realizava traduções de obras clássicas, preparava para os cursos de Lévi-Alvarès, frequentados por toda a juventude parisiense do bairro de São Germano, e se dedicava, ainda, em dias certos da semana, juntamente com sua esposa, a professorar as matérias  estatuídas para os já referidos cursos gratuitos.



“Aquele que encontrar uma mulher boa, encontrará o bem e achará gozo no Senhor” − disse Salomão. Amélie Boudet era dessas mulheres boas, nobres e puras, e que, despojadas das vaidades mundanas, descobrem no matrimônio missões nobilitantes a serem desempenhadas.



Nos cursos públicos de Matemática e Astronomia, em que o Prof. Rivail bi-semanalmente lecionou, de 1843 a 1848, e aos quais assistiram não só alunos, mas também professores, no Liceu Polimático, que fundou e dirigiu até 1850, não faltou em tempo algum o auxílio eficiente e constante de sua dedicada consorte.



Todas essas realizações e outras mais, a bem do povo, originaram-se das palestras costumeiras entre os dois cônjuges, mas, como salientou a Condessa de Ségur, devem-se principalmente à mulher, as inspirações que os homens concretizam. 



No que toca à Madame Rivail, acreditamos que em muitas ocasiões, além de conselheira, foi ela a inspiradora de vários projetos que o marido pôs em execução. Aliás, é o que nos confirma o Sr. P. J. Leymarie, ao declarar que Kardec tinha em grande consideração as opiniões de sua esposa.



Graças principalmente às obras pedagógicas do professor Rivail, adotadas pela própria Universidade da França, e que tiveram sucessivas edições, ele e senhora alcançaram uma posição financeira satisfatória.



O nome Denizard Rivail tornou-se conhecido nos meios cultos e além do mais bastante respeitado. Estava aberto para ele o caminho da riqueza e da glória, no terreno da Pedagogia. Sobrar-lhe-ia, agora, mais tempo para dedicar-se à esposa, que, de acordo com a sua humildade e elevada posição espiritual, jamais reclamara coisa alguma.



A ambos, porém, estava reservada uma missão, grandiosa pela sua importância universal, mas plena de exaustivos trabalhos e dolorosos espinhos.



O primeiro toque de chamada verificou-se em 1854, quando o Prof. Rivail foi atraído para os curiosos fenômenos das “mesas girantes”, então em voga no mundo todo. Outros convites do Além se seguiram e vemos, em meados de 1855, na casa da Família Baudin, o Prof. Rivail iniciar os seus primeiros estudos sérios sobre os citados fenômenos, entrevendo, ali, a chave do problema que durante milênios viveu na obscuridade.



Acompanhando o esposo nessas investigações, era de se ver a alegria emotiva com que ela tomava conhecimento dos fatos que descerravam para a Humanidade novos horizontes de felicidade. 


Após observações e experiênciasinúmeras, o professor Rivail pôs mãos à maravilhosa obra da Codificação, e é ainda de sua cara consorte, então com 60 anos, que ele recebe todo o apoio moral nesse cometimento. 


Tornou-se ela verdadeira secretária do esposo, secundando-o nos novos e bem mais árduos trabalhos que agora lhe tomavam todo o tempo, estimulando-o, incentivando-o no cumprimento de sua missão.

Sem dúvida, nós espíritas, muito devemos a Amélie Boudet e estamos de acordo com o que acertadamente escreveu Samuel Smiles: "os supremos atos da mulher geralmente permanecem ignorados, não saem à luz da admiração do mundo, porque são feitos na vida privada, longe dos olhos do público, pelo único amor do bem".


O nome de Madame Rivail enfileira-se assim, com muita justiça, entre os de inúmeras mulheres que a História registrou como dedicadas e fiéis colaboradoras dos seus esposos, sem as quais talvez eles não levassem a termo as suas missões. 


Tais foram, por exemplo, as valorosas esposas de Lavoisier, de Buckland, de Flaxman, de Huber, de Sir William Hamilton, de Stuart Mill, de Faraday, de Tom Hood, de Sir Napier, de Pestalozzi, de Lutero e de tantos outros homens de gênio. A todas essas Grandes Mulheres, além daquelas muito esquecidas pela História, a Humanidade é devedora eterna!


Lançado O Livro dos Espíritos, da lavra de Allan Kardec, pseudônimo que tomou o Prof. Rivail, este, meses depois, a 1º de Janeiro de 1858, com o apoio tão somente de sua esposa, deu a lume o primeiro número da Revista Espírita, periódico que alcançou mais de um século de existência grandemente benéfica ao Espiritismo.


Havia cerca de seis meses que na residência do casal Rivail, então situada à Rua dos Mártires, nº 8, efetuavam-se sessões bastante concorridas, exigindo da parte de Madame Rivail uma série de cuidados e atenções, que por vezes a deixavam extenuada. 


O local chegou a se tornar apertado para o elevado número de pessoas que ali compareciam, de sorte que, em abril de 1858, Allan Kardec fundava, fora do seu lar, a “Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas”. Mais uma obra de grave responsabilidade!


Tomar tais iniciativas naquela recuada época, em que o despotismo clerical ainda constituía uma força, não era tarefa para muitos. Havia necessidade de larga dose de devotamento, firmeza de vistas e verdadeiro espírito de sacrifício.


Ao casal Rivail é que coube, apesar de todos os escolhos e perigos que se lhe deparariam na nova estrada, empreender, com a assistência e proteção do Alto, a maior revolução de ideias de que se teve notícia nos meados do século XIX.


Allan Kardec foi alvo do ódio, da injúria, da calúnia, da inveja, do ciúme e do despeito de inimigos gratuitos, que a todo custo queriam conservar a luz sob o alqueire.


Intrigas, traições, insultos, ingratidões, tudo de mal cercou o ilustre reformador, mas em todos os momentos de provas e dificuldades sempre encontrou, no terno afeto de sua nobre esposa, amparo e consolação, confirmando-se essas palavras de Simalen: “A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida.”


Com vasta correspondência epistolar, proveniente da França e de vários outros países, não fosse a ajuda de sua esposa nesse setor, sem dúvida não sobraria tempo para Allan Kardec se dedicar ao preparo dos livros da Codificação e de sua revista.


Uma série de viagens (em 1860, 1861, 1862, 1864, entre outras) realizou Kardec, percorrendo mais de vinte cidades francesas, além de várias outras da Suíça e da Bélgica, em todas semeando as ideias espíritas. 


Sua veneranda consorte, sempre que suas forças lhe permitiam, acompanhou-o em muitas dessas viagens, cujas despesas, cumpre informar, corriam por conta do próprio casal. Parafraseando o escritor Carlyle, poder-se-ia dizer que Madame Allan Kardec, pelo espaço de quase quarenta anos, foi a companheira amante e fiel do seu marido, com seus atos e suas palavras sempre o apoiou em tudo quanto ele empreendeu de digno e de bom.


Aos 31 de março de 1869, com 65 anos de idade, desencarnava, subitamente, Allan Kardec, quando ultimava os preparativos para a mudança de residência. 


Foi uma perda irreparável para o mundo espiritista, lançando em consternação a todos quantos o amaram. 


Madame Allan Kardec, quer partilhara com admirável resignação as desilusões e os infortúnios do esposo, agora, com os cabelos nevados pelos seus 74 anos de existência e a alma sublimada pelos ensinos dos Espíritos do Senhor, suportaria qualquer realidade mais dura. 


Ante a partida do querido companheiro para a Espiritualidade, portou-se como verdadeira espírita, cheia de fé e estoicismo, conquanto, como é natural, abalada no profundo do ser.

No cemitério de Montmartre, onde, com simplicidade, aos 2 de abril, realizou-se o sepultamento dos despojos do mestre, comparecia uma multidão de mais de mil pessoas. 


Discursaram diversos oradores, discípulos dedicados de Kardec e, por último, o Sr. E. Muller, que logo no princípio do seu elogio fúnebre ao querido extinto assim se expressou: 


“Falo em nome de sua viúva, da qual lhe foi companheira fiel e ditosa durante trinta e sete anos de felicidade sem nuvens nem desgostos, daquela que lhe compartilhou as crenças e os trabalhos, as vicissitudes e as alegrias, e que se orgulhava da pureza dos costumes, da honestidade absoluta e do desinteresse sublime do esposo; hoje, sozinha, é ela quem nos dá o exemplo de coragem, de tolerância, do perdão das injúrias e do dever escrupulosamente cumprido.”


Madame Allan Kardec recebeu da França e do estrangeiro numerosas e efusivas manifestações de simpatia e encorajamento, o que lhe trouxe novas forças para o prosseguimento da obra do seu amado esposo.


Desejando os espiritistas franceses perpetuar num monumento o seu testemunho de profundo reconhecimento à memória do inesquecível mestre, consultaram nesse sentido a viúva, que, sensibilizada com aqueles desejos humanos mas sinceros, anuiu, encarregando desde logo uma comissão para tomar as necessárias providências. 


Obedecendo a um desenho do Sr. Sebille, foi então levantado no cemitério do Père-Lachaise um dólmen, constituído de três pedras de granito puro, em posição vertical, sobre as quais se colocou uma quarta pedra, tabular, ligeiramente inclinada, e pesando seis toneladas. No interior deste dólmen, sobre uma coluna também de pedra, fixou-se um busto, em bronze, de Kardec.


Esta nova morada dos despojos mortais do Codificador foi inaugurada em 31 de março de 1870, e nessa ocasião o Sr. Levent, vice-presidente da “Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas”, discursou, a pedido de Madame Allan Kardec, em nome dela e dos amigos.






Cerca de dois meses após o decesso do excelso missionário de Lyon, sua esposa, no desejo louvável de contribuir para a realização dos planos futuros que ele tivera em mente, e de cujas obras, revista e Livraria passou a ser a única proprietária legal, houve por bem, no interesse da Doutrina, conceder todos os anos certa verba para uma “Caixa Geral do Espiritismo”, cujos fundos seriam aplicados na aquisição de propriedades, a fim de que pudessem ser remediadas quaisquer eventualidades futuras.


Outras sábias decisões foram por ela tomadas no sentido de salvaguardar a propaganda do Espiritismo, sendo, por isso, bastante apreciado, pelos espíritas de todo o mundo, o seu nobre desinteresse e devotamento.


Apesar de sua avançada idade, Madame Allan Kardec demonstrava um espírito de trabalho fora do comum, fazendo questão de tudo gerir pessoalmente, cuidando de assuntos diversos, que demandariam várias cabeças. 


Além de comparecer às reuniões, para as quais era convidada, todos os anos presidia à belíssima sessão em que se comemorava o dia dos Mortos, e na qual, após vários oradores mostrarem o que em verdade significa a morte à luz do Espiritismo, expressivas comunicações de Espíritos Superiores eram recebidas por diversos médiuns.



Se Madame Allan Kardec, conforme se lê na Revista Espírita de 1869, se entregasse ao interesse pessoal, deixando que as coisas corressem por si mesmas e sem preocupação de sua parte, ela facilmente poderia assegurar tranquilidade e repouso à sua velhice. Mas, colocando-se num ponto de vista superior, e guiada, além disso, pela certeza de que Allan Kardec com ela contava para prosseguir, no rumo já traçado, a obra moralizadora que lhe foi objeto de toda a solicitude durante os últimos anos de vida, não hesitou um só instante. Profundamente convencida da verdade dos ensinos espíritas, ela buscou garantir a vitalidade do Espiritismo no futuro, e, conforme ela mesma o disse, melhor não saberia aplicar o tempo que ainda lhe restava na Terra, antes de reunir-se ao esposo.



Esforçando-se por concretizar os planos expostos por Allan Kardec, na Revista Espírita de 1868, ela conseguiu, depois de cuidadosos estudos feitos conjuntamente com alguns dos velhos discípulos de Kardec, fundar a “Sociedade Anônima do Espiritismo”.



Destinada à vulgarização do Espiritismo por todos os meios permitidos pelas leis, a referida sociedade tinha, contudo, como fito principal, a continuação da Revista Espírita, a publicação das obras de Kardec e bem assim de todos os livros que tratassem do Espiritismo.



Graças, pois, à visão, ao empenho, ao devotamento sem limites de Madame Allan Kardec, o Espiritismo cresceu a passos de gigante, não só na França, mas também no mundo todo.



Estafantes eram os afazeres dessa admirável mulher, cuja idade já lhe exigia repouso físico e sossego de espírito. Bem cedo, entretanto, os Céus a socorreram. 


O Sr. P. G. Leymarie, um dos mais fervorosos discípulos de Kardec desde 1858, médium, homem honesto e trabalhador incansável, assumiu, em 1871, a gerência da Revista Espírita e da Livraria e, logo depois, com a renúncia dos companheiros de administração da sociedade anônima, sozinho tomou sob os ombros os pesados encargos da direção. 


Daí por diante, foi ele o braço direito de Madame Allan Kardec, sempre acatando com respeito as instruções emanadas da venerável anciã, permitindo que ela terminasse seus dias em paz e confiante no progresso contínuo do Espiritismo.


Parecendo muito comercial, aos olhos de alguns espíritas puritanos, o título dado à Sociedade, Madame Allan Kardec, que também nunca simpatizara com esse título, mas que o aceitara por causa de certas conveniências, resolveu, na Assembléia Geral, de 18 de outubro de 1873, dar-lhe novo nome: “Sociedade para a Continuação das Obras Espíritas de Allan Kardec”, satisfazendo com isso a gregos e troianos.



Muito ainda fez essa extraordinária mulher em prol do Espiritismo e de todos quantos lhe pediam um conselho ou uma palavra de consolo, até que, em 21 de janeiro de 1883, às 5 horas da madrugada, docemente, com rara lucidez de espírito, com aquele mesmo gracioso e meigo sorriso que sempre lhe brincava nos lábios, desatou-se dos últimos laços que a prendiam à matéria.



A querida velhinha tinha então 87 anos, e, nessa idade, contam os que a conheceram, ainda lia sem precisar de óculos e escrevia ao mesmo tempo corretamente e com letra firme.



Aplicando-lhe as expressões de célebre escritor, pode-se dizer, sem nenhum excesso, que “sua existência inteira foi um poema cheio de coragem, perseverança, caridade e sabedoria”.



Compreensível, pois, era a consternação que atingiu a família espírita em todos os quadrantes do globo. De acordo com o seus próprios desejos, o enterro de Madame Allan Kardec foi simples, saindo o féretro de sua residência, na Vila Ségur, nº 39, para o  Père-Lachaise, a 12 quilômetros de distância.



Grande multidão, composta de pessoas humildes e de destaque, compareceu em 23 de janeiro às exéquias junto ao dólmen de Kardec, onde os despojos da velhinha foram inumados e onde todos os anos, até à sua desencarnação, ela compareceu às solenidades de 31 de março.




Na coluna que suporta o busto do Codificador foram depois gravados, à esquerda, esses dizeres em letras maiúsculas: AMÈLIE GABRIELLE BOUDET – VEUVE ALLAN KARDEC – 21 NOVEMBRE 1795 – 21 JANVIER 1883.



No ato do sepultamento, falaram os Srs. P.G. Leymarie, em nome de todos os espíritas e  da “Sociedade para a Continuação das Obras Espíritas de Allan Kardec”, Charles Fauvety, ilustre escritor e presidente da “Sociedade Científica de Estudos Psicológicos” e, ainda, representantes de outras instituições e amigos, como Gabriel Delanne, Cot, Carrier, J. Camille Chaigneau, poeta e escritor, Lecoq, Georges Cochet, Louis Vignon, que dedicou delicados versos à querida extinta, o Dr. Josset e a distinta escritora, a Sra. Sofia Rosen-Dufaure, todos fazendo sobressair os reais méritos daquela digna sucessora de Kardec. Por fim, com uma prece feita pelo Sr. Warroquier, os presentes se dispersaram em silêncio.



A nota mais tocante daquelas homenagens póstumas foi dada pelo Sr. Lecoq. Leu ele, para alegria de todos, bela comunicação mediúnica de Antonio de Pádua, recebida em 22 de janeiro, na qual esse iluminado Espírito descrevia a brilhante recepção com que elevados Amigos do Espaço, juntamente com Allan Kardec, acolheram aquele ser bem aventurado.


No improviso do Sr. P.G. Leymarie, este relembrou, em traços rápidos, algo da vida operosa da veneranda extinta, da sua nobreza d'alma, afirmando, entre outras coisas, que a publicação tanto de O Livro dos Espíritos, quanto da Revista Espírita, deveu-se em grande parte à firmeza de ânimo, à insistência, à perseverança de Madame Allan Kardec.


Sem deixar herdeiros diretos, pois não teve filhos, por testamento fez ela sua legatária universal à “Sociedade para Continuação das Obras Espíritas de Allan Kardec”. 


Embora uma parenta sua, já bem idosa, e os filhos desta intentassem anular essas disposições testamentárias, alegando que ela não estava em perfeito juízo, nada, entretanto, conseguiram, pois as provas em contrário foram esmagadoras.


Em 26 de janeiro de 1883, o conceituado médium parisiense, Sr. E. Cordurié, recebia espontaneamente uma mensagem assinada pelo Espírito de Madame Allan Kardec, logo seguida de outra, da autoria de seu esposo. Singelas nas formas, belas nos conceitos, tinham ainda um sopro de imortalidade e comprovavam que a vida continua...




Fonte:
O CONSOLADOR. Disponível em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/biografias/amelieboudet.htmlAcesso: 23 JUL 2012.















Dolmen de Kardec e de Gaby Boudet . 

Fonte: Rede Amigo Espírita. Acesso: 23 JUL 2012




Cemitério do "Père-Lachaise", onde estão sepultados os restos mortais de Allan Kardec e de Gaby Boudet


O dólmen de Kardec, simples e severo em suas linhas, é constituído de três moles de granito bruto em posição vertical (esteios), sendo duas pilastras na frente (33) e uma laje atrás, sobre as quais repousa uma quarta pedra tabular (mesa ou chapéu) em suave declive para trás, de modo a delimitarem, todas elas, um espaço (câmara), de cujo centro se eleva um pedestal quadrangular, em granIto liso, no topo do qual está colocada a herma, em bronze, de Allan Kardec, quase em tamanho natural; executada por Capellaro. 


No pé desta herma foi entalhado, de fora a fora, o nome ALLAN KARDEC; lateralmente, à direita, acha-se a assinatura do escultor e, entre parênteses, o ano 1870.


Na face dianteira do referido pedestal, lêem-se as seguintes inscrições:









FONDATEUR

DE LA PHILOSOPHIE SPIRlTE


TOUT EFFET A UNE CAUSE TOUT EFFET INTELLIGENT A UNE CAUSE INTELLIGENTE LA PUISSANCE DE LA CAUSE EST EN RAISON DE LA GRANDEUR DE L'EFFET
3 OCTOBRE 1804

31 MARS 1869





No bordo frontal da pedra que, pesando seis toneladas, serve de teto, acha-se gravado o apotegma (dito sentencioso de pessoa célebre) que resume a trina kardequiana, de justiça e progresso:










NAÎTRE, MOURIR, RENAÎTRE ENCORE ET PROGRESSER SANS CESSE TELLE EST LA LOI





Esta inscrição faltava à época da inauguração, tendo sido esculpida ainda em 1870(34) Jean Vartier, que parcialmente biografou Kardec (35), escreve que ela fora calcada no capítulo IX da primeira parte da obra "Die Wandstschaften”, de Johann Wolfgang von Goethe.


Vartier baseou-se na tradução francesa de Camille Selden, pseudônimo de Elise Krinitz, publicada em Paris, s. d., com prefácio datado de janeiro de 1872. 


De fato, na referida tradução - "Les affinités électives” à página 78, há referência a uma casa cujos fundamentos seriam então lançados. Na solenidade, um pedreiro (maçom), com o martelo numa das mãos e a colher na outra, procurou em pequeno discurso dizer que o edifício a ser levantado seria um dia destruído, acrescentando: 


"Naître pour mourir,. mourir pour renaître, telle est Ia loi universelle. Les hommes y sont soumis, à bien plus forte raison leurs travaux”.


O Sr. Vartier, com aquele seu apressado e mordente espírito crítico, deveria ter estudado mais a fundo o assunto. 


Descobriria, então, que no original alemão não há aquela frase, tal como está em francês; que a tradução francesa, feita com certa liberdade por C. Selden, fora publicada posteriormente a janeiro de 1872, mais de um ano após ter sido gravado o apotegma em questão no dólmen de Kardec; que, se houve plágio (como o Sr. Vartier quis insinuar), este partiu do tradutor.


Não acreditamos, porém, em plágio de quem quer que seja. 


A frase em foco andava no ar, não é de Kardec, como pretendem alguns, e pode ser encontrada, com algumas variantes, em citações bem anteriores à desencarnação de Kardec, como, por exemplo, na obra "Clé de Ia Vie", de Louis Michel, organizada por C. Sardou e L. Pradel, editores, Rue du Hassard, 9, Paris, datada de 1º de agosto de 1857, p. 570:


"Saturées de l'aimant divin, de l'amour divin, des provisions divines de toute nature, les âmes solaires, par cet aimant, par cet amour, par tous ces divers agents célestes, font naître, vivre, circuler, évolutionner, mûrir, se transformer, monter au chemin ascendant, leurs soleils et leurs planetes, et, par les âmes de ces dernieres, font jouir des mêmes avantages la plus obscure image de Dieu elle-même, l'homme, resté, encore, en dehors de l'unité; des qu'il consent à s'y prêter un peu”.


Em discurso pronunciado na presença de Kardec, no dia 14 de outubro de 1861, na Reunião Geral dos Espíritas de Bordéus, o Sr. Sabô disse textualmente:


"...pour aller à lui, faut naitre, mourir et renaitre jusqu 'à ce qu'on soit arrivé aux limites de la perfection”. ("Revue Spirite", 1861, p. 331.)




Vejamos também estas duas frases:


"Tout, tout, dans cette grande unité de la création, existe, naît, vit, fonctionne et meurt et renait pour l'harmonie universelle”.


"(...) il faut naître, mourir et renaître jusqu'à ce que l'on soit parvenu aux limites de la perfection”.


Estão elas em "Les Quatre Évangiles", J.-B. Roustaing, Tome Premier, Paris, Librairie Centrale, 24, Boulevard des ltaliens, 1866, às páginas 191 e 227, respectivamente. (Em português - "Os Quatro Evangelhos”, às páginas 191 e 227 correspondem, respectivamente, as de números 305 e 339, também do I volume -5ª edição, FEB, 1971.




















Foto da confreira Helcy dos Santos Pizzi, quando Dirigente da União Espírita  Allan Kardec - Petrópolis /RJ, frente ao Dolmen onde estão sepultados os restos mortais de  Allan Kardec e Gaby Boudet, no Cemitério do Père-Lachaise/ Paris / França  - Outubro de 1996.






Notemos que a frase é substancialmente a mesma, sob várias formas, sempre, porém, com o mesmo sentido, em 1857, 1861, 1866 e finalmente em 1870, quando foi insculpida no frontispício do dólmen de Kardec, em três linhas:





NAÎTRE, MOURIR, RENAÎTRE ENCORE

ET PROGRESSER SANS CESSE

TELLE EST LA LOI





Terá sido por tudo isso que o Espírito Emmanuel a atribui não a um ser humano em particular, mas sim ao Espiritismo. Com efeito, diz ele, na página intitulada "Problema conosco", inserta no livro "Justiça Divina" (F. C. Xavier, 3ª edição FEB, 1974, p. 84):


E o Espiritismo acentua: “Nascer, viver, morrer, renascer de novo e progredir continuamente, tal é a lei”.


Nota-33 Na face dianteira de cada uma dessas pilastras, e bem junto a elas, há uma espécie de contrapilastra, de pequena altura. Ligando estas últimas, bem assim as partes laterais do dólmen, estende-se uma corrente de grossos elos de bronze.


Nota-34 "Discours prononcés pour l'anniversaire de Ia mort Allan Kardec. Inauguration du monument”, Paris, à Ia Librairie ' rire, 1870, pp. 7/8. Neste opúsculo foi anexada uma estampa do dólmen de Kardec, "executada (executée) com a mais rigorosa exatidão pelo Sr. Pégard, gravador, conforme feito pelo Sr. Sebille" (pp. 11 e 12).


Pégard, gravador em madeira, da Escola francesa, fez as gravuras do "Dictionnaire d'architecture" de Viollet-le-Duc e as da populaire, anecdotique e picttoresque de Napoléon". (Apud E. "Dictionnaire des Peintres, Sculpteurs, Dessinateurs et : nouvelle édition, tome sixieme, Librairie Grund, 1966, p. 571;)


Nota-35 Jean Vartier: "ALLAN KARDEC, la naissance du spiritisme”, Paris, Librairie Hachette, 1971, pp. 150/151.
(do livro Allan Kardec - Pesquisa Bibliográfica e Ensaios de Interpretação de Zêus Wantuil e Francisco Thiessen Volume III, pág. 139; 1ª edição)






FONTE:


REDE AMIGO ESPÍRITA. Descrição do monumento druídico de Allan Kardec.
http://www.redeamigoespirita.com.br/group/recordandoallankardec/forum/topics/descricao-do-monumento. Acesso: 23 JUL 2012.

WANTUIL, Zeus. Descrição do monumento druídico . Disponível em http://www.espirito.org.br/portal/doutrina/kardec/descricao-do-monumento.html. Acesso: 23 JUL 2012.